Essa série: The Lottery


Sinopse: Situada em um futuro distópico trazido por uma crise de fertilidade global, The Lottery revela uma humanidade à beira da extinção. Em 2019, apenas seis crianças nasceram e elas foram as últimas desde então. Todos os esforços para reverter a infertilidade falharam. Mas, em 2025, após anos de pesquisa, a Dra. Alison Lennon e sua equipe conseguem fertilizar 100 óvulos humanos.No entanto, a vitória tem vida curta, já que o governo toma conta do laboratório e informa ao presidente da descoberta. Para determinar quais mulheres vão carregar os embriões, a chefe de gabinete, Vanessa Keller, convence o presidente a realizar uma loteria nacional. Com isso, a batalha para o controle dos 100 embriões começa.A série foi criada e é produzida por Timothy J. Sexton, roteirista de um filme com enredo similar,Filhos da Esperança, de 2006.

Comecei a assistir The Lottery meio sem querer. Estava em busca de mais episódios de outra série que adoro, daí me deparei com essa, que tinha uma premissa bem parecida com de Filhos da Esperança, um filme que adorei. Por isso tratei de conferir os primeiros episódios, e já fiquei bem caída pelas amarras que o roteirista colocou em tudo, e olhe que só vi até o terceiro capítulo. 

Em suma é isso... Um mundo distópico onde as pessoas não conseguem ter mais filhos. As últimas crianças nasceram seis anos atrás, e depois disso só testes e estudos sem nenhum resultado. Contudo uma mudança no horizonte se revela quando a doutora Alison consegue fecundar em laboratório 100 óvulos. São esses óvulos que irão garantir menos protestos da população, e uma chance da humanidade recomeçar. 

O grande problema é que tudo nessa série é ligado ao lado político do mesmo modo que é ligado ao lado moral. Então acompanhamos a história pela ponto de vista da médica que consegue fecundar os óvulos, como do pai de um dos últimos nascidos, além do presidente e uma das suas assessoras. É um quadro amplo e complicado para quem assiste. Não que seja difícil de entender, porque de fato não é, mas você começa a questionar valores na sua própria vida quando entende que cada pessoa dessas tem seu ponto de vista e que nem sempre eles combinam com o que você achará correto. 

É isso o que amo nas distopias de modo geral. Não dá para criar um padrão de comportamento quando o mundo está passando por um processo anormal. Acredito que a moralidade do ser humano vem do tempo e regras que somos impostos desde cedo. Quando isso se quebra para dar voz a necessidade, toda essa merda cai por terra. A anormalidade passa a se tornar normal. 

A Loteria é o modo que o governo usa para tentar ser justo com todo mundo. Então todas as mulheres férteis poderão participar do processo para conseguir engravidar. Lógico que há jogadas políticas envolvidas nisso, e aí é que aparece a maestria do enredo. Não são só mulheres querendo um filho, é um governo querendo o poder de lhes dar isso. 

Deu para vocês sacarem o quão forte é a premissa da história? Eu só vi três episódios e já estou babando nela! E tudo bem que eu babo em quase toda distopia que acompanho, mas tem algo especial nessa. Ainda não identifiquei os elementos que certamente valem a pena mostrar, mas para quem gosta desse estilo de seriado, é uma mão cheia de estradas diferentes e núcleos de personagens diversificados e muito bons.