Essa série: The Strain


O drama é uma adaptação dos livros de Guillermo del Toro e Chuck Hogan (no Brasil, com o nome de Trilogia da Escuridão), e conta a história de um vírus que transforma as pessoas em vampiros sanguinários.
A história se foca no trabalho do Dr. Ephraim Goodweather (Corey Stoll, de House of Cards), chefe da CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos), que, junto com a sua equipe, fica encarregado de investigar o caso de uma epidemia viral que transforma suas vítimas em uma diferente espécie de vampiros violentos e sedentos de sangue.
 The Strain é uma série que espero há um bom tempo. Primeiro porque amo o Noturno, o livro do del Toro que serviu de base para a adaptação; depois porque a produção prometia, com sua maquiagem incrível e um gosto de modernidade cinematográfico a algo que apenas imaginamos durante a leitura. Então não foi uma surpresa para mim o quanto gostei, e o tanto que me apego com cada capítulo. 


Aqui temos uma série que começa por conta de um incidente dentro de um avião. Ele pousa no aeroporto, mas não há sinal de movimento do lado de dentro. Ninguém sai e tudo está a maior escuridão. Temendo uma espécie de ataque biológico, as autoridades chamam o CDC, que é um centro de controle de doenças. É ai que Ephraim entra na história. 


O problema é que existem vários outros enredos misturados com o enredo principal, que é basicamente o médico e a tentativa de descobrir o que aconteceu nesse avião. Claro que em algum momento eles se ligam, e daí você vê a mágica acontecendo. Quando aqueles personagens lá do início tomam um espaço maior quando se envolvem com os principais. Na verdade eu digo que Eph é o protagonista porque é o primeiro a aparecer, mas é uma série que todos tem o seu grande grau de importância. 


Gosto de contextos como esse pois você entende como se inicia uma espécie de apocalipse. Como o mundo vai mudando simplesmente por conta de uma doença. E de algo da modernidade, você entra numa distopia gradual e dilacerante. Você vê acontecer, e isso sufoca porque você sabe o que está acontecendo e não tem como alertar os personagens que eles precisam mudar de tática, ou dizer como enfrentar o perigo. 


Outra coisa legal é a pegada meio vampiresca que temos aqui. Claro que Eph, médico super cético, chama de vírus, e na verdade é isso mesmo. O vampirismo aqui é viral, rápido e cruel. E diferente de um vírus como o dos zumbis, que tende a deixar as pessoas meio lerdas, o vírus de The Strain vai mudando a biologia dos seres ao ponto de torná-los mais fortes do que os humanos são capazes de suportar. 


É ai que conhecemos a resistência que não sabe com o que está lidando, mas que entende que algo está acontecendo, e que é necessário fazer alguma coisa. Justamente nesse ponto os personagens começam a se interligar, e palmas para o roteiro por isso. Amo todos separados, mas juntos eles são incríveis. 


Devo dizer que comecei vendo a série com dificuldade, mas que com o tempo e as coisas que iam acontecendo, eu peguei uma gás bacana nela. Agora eu fico o final de semana inteiro comendo as unhas de curiosidade sobre o que irá acontecer no próximo episódio. E já vou avisando, tentem não se apegar a personagem nenhum. Digamos que as pessoas vão com facilidade por aqui. Ou são abduzidas para o lado negro da força, ou simplesmente deixam de existir. 


Um seriado com uma pegada de sobrenatural, já que a origem do vírus é um tanto temerosa, antiga e dark. Com a mistura da necessidade de sobrevivência, e a amizade que cresce entre as pessoas envolvidas. The Strain é um prato cheio para que gosta do diferente. E se você curtiu o livro, então aposto que vai ficar até feliz com a série.