Resenha de "As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica" (Gustav Schwab)

Título: As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica
Autor: Gustav Schwab
Editora: Paz e Terra (Cedido em Parceria)
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Sinopse: Uma obra que oferece ao leitor, em três volumes, uma ampla coletânea dos mitos gregos e romanos em versão romanceada.
“Hoje, As mais belas histórias da Antiguidade Clássica permanece como leitura valiosa não apenas para adolescentes, mas também para adultos. Útil para quem procura um primeiro contato com os mitos da Antiguidade clássica (sem a aridez habitual aos manuais de mitologia), as narrativas são também lidas com grande prazer e curiosidade pelos já iniciados, pois é antes de tudo obra de valor literário intrínseco, além de qualquer função didática que possa ter.” - Paula da Cunha Corrêa.
No primeiro volume estão reunidos “Metamorfoses e mitos menores”, a começar pelo mito de Prometeu, o mito hesiódico das gerações humanas e os relativos às origens das tribos gregas. Além destes, as histórias dos argonautas, de Héracles e os heraclidas, Teseu, Édipo e a guerra de Tebas.

Apesar de amar a ideia de mitologia, não morro de amores pela mitologia grega e romana como gosto da egípcia, por exemplo. Provavelmente porque cresci vendo Hércules na Tv. Sério, aquele seriado me traumatizou profundamente. Mas quando a oportunidade de ler "As Mais Belas Histórias da Antiguidade Clássica" apareceu, eu me interessei. E não pelo título principal, mas pelo que está de ladinho ali na capa: Metamorfoses e mitos menores. Gosto da ideia de ler mais sobre aqueles personagens que são levemente citados em livros, filmes e séries sobre a mitologia greco-romana. 

Acabei achando a leitura uma delícia! 
Ele não é grande, e ainda se fosse seria interessante ler. Os contos são bem explicados e de foma curta. De fato conhecemos aqueles caras que servem de coadjuvantes das histórias principais. Aqui eles ganham a importância que merecem, o que é ótimo! 

Adoro essa coisa de na mitologia os personagens pagarem com seus eternidades ou sangue por erros humanos ou erros de deuses. Soa muito sadomasoquista falando assim? Acredite, não é! Apenas uma constatação de como a humanidade usava dos receios das pessoas para criar histórias que poderiam assustá-las e impedi-las de cometer crimes morais e pouco aceitáveis. Lembra-me muito a forma de fazer as crianças aprenderem, com as fábulas. Tem o mesmo nível de crueldade que as pessoas lapidaram com o tempo, e deixam mensagens dubiamente inteligentes. 

Tem histórias memoráveis dentro desse livro! Como disse, gosto dos mitos menores. Sem contar que ele também fala sobre os Argonautas, que tenho uma verdadeira adoração! Até o nome é sonoro e forte... A-R-G-O-N-A-U-T-A-S. (Suspiros)

Muitos dos livros sobre mitologia costumam ser enfadonhos - acredite, tenho um desses aqui. Na maioria das vezes por tratar o assunto de maneira didática demais. São histórias, ora bolas! Tem que existir um pouco de poesia para falar do Velocino de Ouro, coisa que o autor faz com bastante dignidade. A história flui aqui dentro! Mesmo que você não seja um estudioso no assunto, vai gostar da forma como ele usa para narrar cada mito. Pessoalmente gostei muito. 

Se você gosta de mitologia, recomendo ao extremo a leitura. Se não morre de amores, é bem capaz de mudar de ideia após esse livro, e se não mudar, definitivamente não é para você. Mas, vão por mim, o negócio aqui é gostoso demais de ler!